Emergências no Brasil: dicas de saúde para estrangeiros

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Se você é estrangeiro e pretende morar ou passar férias no Brasil, conhecer o sistema de saúde local pode evitar dores de cabeça em momentos inesperados. Além de garantir tranquilidade durante sua estadia, essa preparação permite que você saiba exatamente como agir diante de imprevistos. Assim, sua experiência no país se torna mais segura, agradável e sem preocupações desnecessárias.

Neste guia prático, mostramos como pedir socorro, quais números ligar e quais cuidados tomar para estar sempre preparado em qualquer situação. Você vai aprender desde os primeiros passos para acionar a emergência até dicas de prevenção e suporte médico. Assim, terá à disposição um manual confiável para lidar com qualquer necessidade de saúde durante sua estadia no Brasil.

Números de emergência em saúde no Brasil

Em caso de urgência médica, o número principal é o 192, que aciona o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O atendimento é gratuito e funciona em todo o território nacional. Além dele, os Bombeiros (193) também atuam em resgates, acidentes e primeiros socorros.

📌 Importante: os atendentes geralmente falam apenas português. Se não dominar o idioma, é útil aprender frases básicas como “preciso de uma ambulância” ou utilize aplicativos de tradução para explicar sua situação.

Como funcionam os hospitais no Brasil

O Brasil tem dois sistemas de saúde: público (SUS) e privado.

Hospitais públicos (SUS):

Os hospitais públicos federais, estaduais e municipais mantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem atendimento gratuito a toda pessoa que estiver em território brasileiro, inclusive estrangeiros. Isso inclui desde serviços essenciais como consultas de rotina, exames simples, vacinação, até atendimentos de média e alta complexidade, como emergências, internações, cirurgias, tratamentos especializados e procedimentos hospitalares de maior risco. O SUS tem o compromisso constitucional de prestar assistência universal e igualitária, garantindo que qualquer indivíduo, independentemente de nacionalidade, renda ou situação migratória, tenha acesso aos cuidados de saúde.

O ponto forte do SUS é que ele funciona como uma rede integrada – unidades básicas de saúde, centros de referência, hospitais gerais e especializados formam um sistema que interliga atendimentos preventivos, ambulatoriais e de urgência. Em grandes cidades, muitos hospitais públicos dispõem de pronto-socorros 24 horas, equipes de plantão para emergências, suporte intensivo (UTI) e atendimento especializado em pediatria, obstetrícia, cardiologia, entre outros. Para estrangeiros, isso significa que em casos graves ou acidentes, existe uma estrutura — embora nem sempre perfeita — para garantir estabilização imediata, exames urgentes e tratamento necessário sem cobrança direta no momento do atendimento.

Pontos de atenção: apesar dos aspectos positivos, quem depende do SUS deve estar preparado para enfrentar desafios práticos. É comum encontrar longas filas de espera, especialmente para atendimentos eletivos, consultas de especialidades ou procedimentos agendados. A estrutura física de alguns hospitais pode ser básica ou antiga, equipamentos e instalações podem variar bastante conforme município e região. Além disso, recursos humanos e insumos — como medicamentos ou materiais médicos — às vezes sofrem com atrasos ou limitação de estoque. Por isso, ao utilizar os serviços públicos, é aconselhável conhecer os hospitais próximos, saber como funcionam plantões de emergência e ter noções sobre suas unidades de urgência mais acessíveis.

Hospitais privados:

  • →Atendimento rápido e infraestrutura de alta qualidade.
  • →Custos elevados para quem não possui seguro.
  • →Muitos médicos falam inglês ou espanhol, o que pode facilitar.

Unidades Básicas de Saúde (UBS):

→Não são destinadas a emergências graves, mas podem ser uma solução prática para pequenos problemas de saúde durante sua estadia.

→Presentes em praticamente todos os bairros, essas unidades atendem casos menos graves e oferecem serviços preventivos, como consultas de rotina, vacinação, curativos e tratamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes.

👉 Dica: se possível, tenha um seguro saúde internacional que cubra emergências no Brasil. Isso garante acesso aos hospitais privados sem gastos inesperados.

Preparação antes de viajar

  • Seguro de saúde internacional: essencial para quem pretende ficar no Brasil, mesmo que por poucos dias.
  • Cartão com histórico médico: informações sobre alergias, medicamentos e doenças pré-existentes podem salvar tempo.
  • Lista de contatos úteis: hospitais próximos ao hotel, seguro, embaixada e números de emergência.

Aplicativos no celular: Google Translate, apps de mapas offline e tradutores médicos.

O que fazer em caso de emergência médica?

Sempre mantenha a calma diante de uma emergência!

  • 1-Ligue 192 (SAMU) para ambulância. Se estiver em local de difícil acesso, ligue 193 (Bombeiros).
  • 2- Explique de forma clara: diga o que aconteceu, endereço e sintomas da vítima.
  • 3- Caso consiga ir direto ao hospital, prefira os de grande porte ou privados.

🚨Se precisar de medicamentos, saiba que farmácias brasileiras oferecem muitos remédios sem receita, mas antibióticos e medicamentos controlados exigem prescrição.

Dicas extras para estrangeiros

  1. Em cidades grandes como São Paulo e Rio, há hospitais com atendimento internacional.
  2. Em regiões pequenas, pode ser mais difícil encontrar médicos que falem inglês.
  3. Guarde recibos e relatórios médicos: podem ser exigidos pelo seu seguro saúde.
  4. Em emergências graves, mantenha a calma e peça ajuda a pessoas próximas, brasileiros costumam ser solícitos em situações desse tipo.

Esteja preparado e viaje com tranquilidade

Saber como funcionam as emergências no Brasil é parte fundamental para uma estadia segura. Com seguro saúde, contatos úteis e conhecimento sobre o sistema médico, você terá muito mais tranquilidade.

Aproveitar o país ao máximo, sabendo que está seguro e preparado para qualquer emergência de saúde.